domingo, 18 de dezembro de 2011

BARCELONA e SANTOS, um espetáculo de Dinâmica de Grupo


Não sou de pensar que tudo começa e termina na educação, mas não pude deixar de pensar nela assistindo ao jogo Barcelona e Santos. O jogo me impressionou em muitos aspectos, como na beleza dos passes corretos, do domínio de bola e do senso de equipe, onde todos têm o mesmo valor e todos participam intensamente no desempenho de seus papéis.

Em todos os jogos que assisto (e sou torcedora de acompanhar futebol), os narradores brasileiros sempre mencionam a esperança na qualidade individual de um ou outro jogador (e no do Barcelona não deixaram de “torcer pelo Neymar”). Esperam sempre que uma “jogada de gênio” resolva a partida. Mas já não há esses gênios – ou já não é mais suficiente apenas essa genialidade individual. Neymar entrou na roda de uma equipe com profundo espírito de grupo.

Nossos ídolos egocêntricos (tudo gira em torno de seus egos) e com sérias lacunas na educação saem correndo pelos campos tentando marcar um gol como nos idos tempos. O futebol, como mostrou o Barcelona, é um esporte coletivo. Cada um tem seu papel. O professor Lauro de Oliveira Lima não cansou de usar o futebol como analogia em sua “dinâmica de Grupo” - um jogo onde o “professor” (técnico) não joga e no qual o resultado final depende do desempenho do papel de cada um dos jogadores. A equipe tem qualidades que não existem e superam aquelas dos jogadores individualmente. Lauro se inspirava na seleção de 1970 e tinha franca razão em tão apaixonada analogia.

Os europeus são mais disciplinados. A lei ali vale para todos. A regra subordina a todos igualmente. Desta forma, Messi coloca sua genialidade no contexto do grupo e todos caminham em harmonia disciplinar. Ninguém pode negar o espetáculo que foi este jogo e como fomos humilhados.

As empresas, cada vez mais, trabalham em equipes. Nossa educação está cada vez mais individualista e competitiva. Precisamos educar para o trabalho em grupo e para o coletivo para sermos vitoriosos.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

POR FAVOR, CONTEM HISTÓRIAS PARA AS CRIANÇAS


Dra Adriana Oliveira Lima

Em um mundo como o que vivemos, com tantas opções e escolhas, ter um filho passa a ser um ato preferencialmente voluntário. A importância da tomada de consciência sobre a responsabilidade que um filho traz, pode fazer a diferença no futuro, quer no âmbito emocional, quer no que diz respeito à integração social da criança em sua vida adulta. Tem-se falado insistentemente sobre o fracasso da educação brasileira, mostrado em várias pesquisas de performance escolar feita pelo mundo a fora. Nós mesmos temos nos dedicado a algumas reflexões sobre esse fenômeno.

Sem dúvida acreditamos que a escola precisa realizar uma profunda mudança nos princípios de aprendizagem, rever seus currículos e programas e as metodologias empregadas no cotidiano escolar. Entretanto, algumas pesquisas têm sido feitas sobre as quais vale à pena refletirmos um pouco. Elas tratam particularmente da influência da participação dos pais nos resultados acadêmicos dos filhos.

Pesquisas realizadas pela Organization for Economic Cooperation and Development (OECD), ao invés de deterem-se nos resultados apresentados pelos alunos (de 15 anos), buscaram compreender melhor as razões destes resultados entrevistando as famílias. Encontraram dados bastante interessantes para refletirmos.

O ponto mais relevante mostra que as famílias onde os pais lêem histórias para seus filhos sistematicamente em seus primeiros anos de escolaridade e procuram saber de suas atividades, apresentaram um diferencial de cerca de 25% de vantagem sobre as demais crianças. O mais interessante é que pouco importava a classe social. Assim, o que as crianças “têm” (o exagero dos brinquedos e tecnologias) não parecem importar tanto quanto simplesmente sentar e ler livros para seus filhos, jogar com eles e conversar.

O que vale ressaltar é que o investimento na educação por parte da família tem um valor incalculável. Fico pensando como os pais deixam os filhos na frente de computadores jogando vídeo games, quase sempre solitários. Como aumentar o nível de linguagem das crianças sem modelos (conversa com os pais)? Como aumentar a cultura sem a leitura? Como desenvolver o espírito crítico sem debates?

Quando vou ao teatro, cinema ou exposições, fico perplexa em encontrar tão poucos pais com os filhos. Me impressiona o fato de meninos e meninas de 12 a 15 anos divertirem-se indo a restaurantes com os amigos (primeiro passo para viverem em torno da mesa de comida e bebida). Houve época em que se jogava na casa dos amigos (WAR, Detetive, Palavras cruzadas, etc.). Conversávamos e brincávamos de tudo, desde jogos de mesa até brincadeiras em grandes espaços. Hoje acredita-se que uma tecnologia na mão do jovem é investimento, que jogar PS3 desenvolve a inteligência e a cultura.

A educação dada em casa pode ser a grande parceira de uma escola comum. Se a escola do seu filho é uma escola mais sofisticada, com metodologia e preocupações mais amplas, a participação das famílias pode representar uma diferença significativamente maior.

Link da pesquisa - http://www.pisa.oecd.org/dataoecd/4/1/49012097.pdf

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

DE ENGANOS E MENTIRAS


Dra Adriana Oliveira lima

É fim de ano. Neste período do ano eu fico especialmente decepcionada e arrasada com as atitudes “educacionais” em nosso país.

A quantidade de crianças, já em idade avançada, que aparecem com sérias dificuldades de aprendizagem nos leva a não “crer na bondade humana” (Anne Frank que me perdoe). Os especialistas não diagnosticam para não “rotular”. As escolas vão passando os alunos até chegar ao ponto crucial, o ensino de 6º ao 9º ano, onde a quantidade de professores não permite as diferenças. Os alunos já pagaram pelo menos 4 anos de escolaridade sem resultados ou diagnósticos. Por fim, os pais que não querem ver e se enganam, não dando aos filhos o que eles precisariam para desenvolverem-se em melhores condições.

Neste momento as crianças com necessidades especiais vão de porta em porta procurando aceitação. Tudo porque uns querem ser cegos (pais), uns querem alguns níqueis (escolas) e outros não querem “rotular” (na medicina, quanto mais cedo o diagnóstico mais curável a doença. Na psicologia não?).

As escolas que dizem a “verdade” perdem os alunos. Outros pais, assim que os filhos apresentam uma mínima “melhora”, correm para as escolas ditas “boas” (grandes escolas, referência de sucesso de uma classe média em ascensão), pois não querem ficar nos lugares onde os filhos são “lidos” como alunos com necessidades especiais.

De enganos e mentiras, gerações inteiras de crianças perdem os melhores anos para desenvolverem seu potencial de inteligência e inserção social. Pensei em montar uma clínica de RECONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E ESTIMULAÇÃO, mas creio que não teria clientes...

sábado, 3 de dezembro de 2011

UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO




LINKS PARA ALGUMAS DANÇAS DAS CRIANÇAS DA
ESCOLA NOVA
atenção: algumas danças não estão completas e a qualidade da imagem esta substancialmente melhor no DVD


Encerramento 2011
http://www.youtube.com/watch?v=mN_xQMd4A5k




FORMATURA INTUITIVO III
http://www.youtube.com/watch?v=qyktZNx7yOo&feature=colike

COROAL Integral OPERATÓRIO- Escola Nova - CE

http://www.youtube.com/watch?v=tAlhW_j_kg4

Discos voadores
http://www.youtube.com/watch?v=nBa31hHWJjQ