quarta-feira, 23 de março de 2011

Bullylng




Veja a entrevista com o garoto e seu pai.


O Mais terrível em tudo isso é o pequeno terminar com a mensagem para todos que sofrem bullying "A ESCOLA NÃO DURA PARA SEMPRE"...não existem educadores que protejam as crianças no interior da escola?
Os pais podem estar tão perifericamente lidando com os filhos?

quinta-feira, 10 de março de 2011

A cultura, as Crianças e os Jovens




Adriana Oliveira Lima*

Visitando museus no Rio de Janeiro não se pode deixar de pensar na dificuldade de mobilizar a população nesta visitação. Precisamos compreender a relação da população com a preservação do patrimônio histórico e acervos do país. Como educadora é necessário pensar na construção de uma relação positiva entre o cidadão (criança e adolescente) e a história de seu país.

O primeiro tópico que devemos considerar é o fato de a nossa, e o nordeste particularmente, ser uma cultura de exterior mobilizada pelo calor intenso. Os museus geralmente prosperam numa cultura de interior.
Um segundo tópico que se há de considerar é a crescente desvalorização do que é dito “antigo”, e o crescimento da identificação com o dito “moderno”. Esta identificação permitiu, por exemplo, a reconstrução, em muitas cidades, de arranha-céus no lugar dos prédios históricos.

É possível, também, identificar uma desvalorização histórica dos acervos o que nos rendeu escassez de acervos e recursos (encontramos em Paris, no museu do Homem, mais sobre os nossos índios do que em qualquer museu no território nacional). Acrescente-se a isto a extinção de festas, danças e movimentos artísticos ou sua descaracterização clássica (caso das Escolas de Samba).

Como educadores e sabedores de que o conhecimento é um processo de construção interligado às experiências que os indivíduos têm em seu processo vital, devemos contemplar a preservação patrimonial e o reconhecimento dos acervos como um conteúdo escolar. Primeiro promovendo a relação do indivíduo com sua história e, segundo, aprimorando as percepções do mundo "no entorno".

A Escola deve levar o aluno a conhecer sua cultura, visitar seus museus e organizar eventos, ritos e festas que representem a história do povo. A criança/jovem precisa ir ao museu, visitar a arquitetura da cidade, para aprender a OLHAR. Precisa cantar e participar de festas e danças folclóricas para aprender a OUVIR e MOVER-SE no ritmo de sua cultura. Precisa desenhar, pintar, reproduzir obras para aprender a ADMIRAR a expressão plástica...

terça-feira, 1 de março de 2011

Investindo na educação das crianças.


Estamos diante de um modismo interessante (não fosse trágico): dar educação em casa, retardar a entrada da criança na escola. Em um país como o nosso isso representa um imediato e direto retardo no próprio desenvolvimento do país.
Após tantos anos de péssima performance educacional, escolas desequipadas, de falhas na formação dos educadores (sem falar no fato de a maioria dos professores serem leigos), de seus baixíssimos salários, de prédios inadequados e de uma escola privada igualmente incompetente, agora recebemos as crianças na escola com seus primeiros anos de aprendizagens obtidos em casa, com os pais que foram formados por esta educação que acabamos de abordar.
Sabemos que a maioria dos pais estão voltados para o desenvolvimento biológico, estando altamente envolvidos no que a criança come sem preocupar-se com o alimento do espírito: o conhecimento. Por outro lado, cada vez mais temem os filhos, tornando-se incapazes de impor qualquer disciplina.
Ao contrário do que a onda atrasada de um naturalismo bizarro indica, as crianças, para desenvolverem-se, precisam do outro. O desenvolvimento obtidos entre as crianças é muito mais sólido e no contexto escolar (sociológicos) é também mais fértil. Piaget mostra que as crianças desenvolvem melhor a linguagem quando falam com outras crianças do que quando estão falando com os adultos. Piaget mostra, ainda, que o pensamento lógico é uma construção social entre iguais. Por isso, segundo ele, a necessidade dos grupos que se inicia aos sete anos nos deixa a seguinte questão: “as crianças vão para o grupo por que se tornaram lógicas ou se tornaram lógicas por que foram para o grupo”? Uma coisa é certa: não existe lógica fora do grupo, fora da sociedade. Todo isolamento tende ao devaneio. Um cientista, quando aparenta solidão na pesquisa, está de fato REFLETINDO, ou seja, ele discute em voz baixa com variáveis e hipóteses.
A educação escolar, este encontro de crianças e jovens, é uma maravilha das sociedades. Ainda que péssimas, são o único lugar da real construção da socialização. É o lugar da estimulação, da troca e das aprendizagens mais complexas. Pais não estão aptos a fornecer este tipo de educação. Eles podem complementar, enriquecer e estimular, mas nunca estruturar as bases mais importantes da educação para a vivência social. A relação pais e filhos será sempre unilateral e/ou bipolar, será sempre de mando/obediência ou guerras de poder. Os contextos serão sempre repletos de aspectos emocionais que impedem a objetividade e a visão do outro.
Se falarmos de escolas com projetos educacionais, recursos planejados e metodologias avançadas, podemos afirmar que a escola é imprescindível e quanto mais cedo a criança nela ingressa, mais os pais colherão bons frutos na estruturação da personalidade e do conhecimento de seus filhos.