sexta-feira, 28 de outubro de 2011

TECNOLOGIA EM SALA DE AULA ou O BESTEIROL NA EDUCAÇÃO.


Dra Adriana Oliveira lima

Quando o conjunto das escolas tradicionais começa uma briga absurda para ver quem tem mais tecnologia na sala de aula, acreditem, algo esta profundamente errado. Creiam na experiência e na história. Elas não mudarão em um milímetro sua forma viciada de encarar a educação.

Por que estas escolas não se posicionam sobre o número absurdo de alunos que colocam em cada sala? Isso não importa para elas. Estão ocupadas na competição acirrada entre elas.

Tem cabimento um aluno assistir aula com óculos 3D quando se sabe tão pouco sobre os efeitos a longo prazo desta tecnologia? Depois de anos lutando para evitar o uso de óculos escuros em salas de aula, as escolas irão disponibilizar esse “maravilhoso instrumento para não prestar atenção às aulas”? Bonequinhos e imagens saltando de um quadro em 3D vão fazer os adolescentes se interessarem pela matéria exposta? Eles vão passar a aprender em 3D?

Alguém em sã consciência acredita que uma escola tem condições econômicas de estar atualizada nas tecnologias que mudam diariamente? O Estado deveria presentear com um computador cada criança no Brasil? Disponibilizar salas de “Informação” em bibliotecas virtuais ou tablets nas salas, talvez... Mas tudo tem um limite. E afinal de contas, toda esta tecnologia não passa de mero instrumental.

A questão nunca esteve na informação. A tecnologia disponibiliza informação e neste sentido os professores tradicionais SEMPRE foram jurássicos, pois até as enciclopédias feitas de papel eram melhores que eles. O fato da escola nunca ter usado a enciclopédia não tira dela a competência frente aos limitados conhecimentos dos professores tradicionais.

Dizer que o “professor” é mediador e não o centro do conhecimento como se isso fosse uma novidade mostra uma resistência atávica ao estudo. Em 1961, em FORTALEZA (pasmem!) o prof. Lauro já dizia isso... Este é assunto abordado em vasta literatura pedagógica nos últimos 20 anos!

Ter acesso à informação não garante o raciocínio, a lógica, o pensamento, a criatividade ou a MORALIDADE. Jogar “coelho sabido” no computador não ensina as operações do pensamento. Sozinhos diante de computadores, as crianças e jovens já ficam em casa e/ou em “lan houses”. Nisso os pais são competentes, deixam seus filhos por horas diante dos computadores como deixavam, e ainda deixam os pequenos, diante da TV. Os celulares, iphones, tablets etc. são tecnologias dominadas naturalmente pelas crianças e jovens, que não precisam, realmente, da escola para isso. A escola, aliás, apenas tornaria essas tecnologias em coisas “chatas” com “pontos” para decorar.

Assim amigos, a escola precisa realmente começar a humanizar suas estruturas, reeducar seus professores para o uso das tecnologias da informação, para sua auto-capacitação e prepará-los em tecnologias de aprendizagem. A escola precisa ensinar a ler e a gostar de ler. Precisa ensinar o raciocínio e a resolução de problemas, a criatividade e o empreendedorismo. A escola precisa ensinar a amar o próximo, a ser solidário e a não fazer “chacota” de coisas sérias. Ajudar as crianças a aprenderem um comportamento moral e ético. Superar o narcisismo infantil, o egoísmo adolescente e formar cidadãos melhores para um mundo melhor.

As escolas deveriam buscar medidas mais profundas de mudança, mais comprometidas com a educação e com a cidadania. A tecnologia é cada vez mais barata e disponível. Ela não depende, graças a Deus!, da escola.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MAKARENKO - EDUCADORES – REVOLUÇÕES NA EDUCAÇÃO:


3- Anton Makarenko

O terceiro educador de quem gostaria de falar é Anton Makarenko. Ucraniano, viveu entre 1888 e 1939. Makarenko não nos deixa uma metodologia pedagógica instrumental, mas princípios fundamentais para uma boa e sólida educação. Vivendo na Rússia em uma época repleta de guerras e revoluções, é difícil imaginar um poeta-filósofo tão cheio de fé, esperança e crença no ser humano. Seu livro fundamental é um romance pedagógico intitulado “Poema Pedagógico”.

Por que ele me parece tão importante? No mundo cada vez mais individualista e hedonista, ele apresenta uma resposta, um pensamento coletivista. Makarenko acredita na vida coletiva, no GRUPO e na autogestão pela participação e disciplina. Participando, votando, decidindo, assumindo tarefas e deveres, contribuindo com a coletividade... Assim Makarenko vê a construção da cidadania e a educação, particularmente dos jovens.

Makarenko está inserido num tempo histórico e muito de suas posições, como o trabalho na educação, podem parecer superadas por novas concepções de educação. Entretanto, seus princípios filosóficos e indicações metodológicas permanecem atuais. Formar nos jovens personalidades fortes, conscientes, cultas, sadias e capazes de se tornar trabalhadores preocupados com o bem-estar do grupo compunha o rol de seus ideais.

“Foi a primeira vez que a infância foi encarada com respeito e direitos”, diz Cecília da Silveira Luedemann, educadora e autora do livro Anton Makarenko, Vida e Obra – A Pedagogia na Revolução.

A mais marcante experiência de Makarenko deu-se no período de 1920 a 1928, na direção da Colônia Gorki, uma instituição rural que atendia crianças e jovens órfãos, geralmente infratores, que viviam na marginalidade e mal sabiam ler ou escrever. Nesta experiência, ele desenhou seus princípios educacionais: vida em grupo, autogestão e disciplina.

A idéia do coletivo baseia-se no respeito a cada aluno, oposta à massificação que despersonaliza a criança e o jovem. O grupo estimula o desenvolvimento individual. Os alunos “complexos” da Colônia Gorki tornaram-se cidadãos responsáveis, trabalhadores, homens de bem.

Podemos dizer que Makarenko apontou o que viriaa ser a “Dinâmica de Grupo” (e de certa forma a “Tomada de Consciência”) que mais tarde seriam desenvolvidas em detalhes tecnológicos pelo Prof. Lauro de Oliveira Lima em seu método Psicogenético.


sábado, 15 de outubro de 2011

15 DE OUTUBRO É O DIA DO PROFESSOR

Parabéns aos professores cuja responsabilidade social é construída em sua prática dia a dia.


DIZER VERDADES É MAIS DESAFIANTE QUE BAJULAR A MENTIRAS.

DESPARABENIZO Aos que fazem concurso só para ter emprego garantido, os que reclamam diariamente dos seus alunos, sem olhar suas próprias famílias tratam a dos seus alunos sempre como “desestruturadas”. Aos que faltam continuamente ao trabalho, os que são incapazes de buscar novidades para seus alunos, os que são incapazes de abraça-los. Aqueles que jamais investem um centavo em um curso para melhorar seu trabalho. Aqueles que quase nunca compram um livro. Aqueles que mentem diariamente aos pais dizendo fazer algo que não fazem...