quarta-feira, 14 de maio de 2014

Os atrasos e insistências dos estudos acadêmicos



Os atrasos e insistências dos estudos acadêmicos

Dra. Adriana Oliveira Lima



A falta de criatividade na educação é assustadora e parece atingir o mundo inteiro. O que aparece como “novidade” é tão velho que amargamos a triste realidade de saber que a  educação esta paralisada (http://adrianaoliveiralima.blogspot.com.br/2014/03/nada-de-novo-nos-prognosticos-para.html )
                Ainda mais triste é ver a perseverança acadêmica de permanecer no atraso. Os estudos de Lev Vygotsky, por exemplo, continua considerado top de linha. Estudos estes carregados de ideologia, que ainda se referem aos tempos “soviéticos”. Fora do tempo e ajustado às composições ideológicas, desconhecem os estudos da neurociência e de Jean Piaget que pesquisou durante mais de 50 anos após a morte do primeiro(!).
 



Um homem que viveu e escreveu pouco - não tem mais que um livro sobre linguagem. Compará-lo à vasta obra de Piaget é uma lástima e uma tristeza. Fora os livros sobre linguística e os processos imagéticos das representações, Piaget tem ainda estudos tão profundos que chegam a analisar a aquisição e uso de categorias gramaticais na linguagem e no pensamento. Pesquisas extensas e complexas como em “O Raciocínio da Criança”,  agregando a elas cientistas de todo o mundo estudando e produzindo vasta obra.
                O “besteirol” do social que persiste no discurso acadêmico é intrigante. Quem criou o INTERACIONISMO foi Jean Piaget e três dos seus quatro fatores do desenvolvimento tratam da interação entre o sujeito e meio (isso mostra que sequer leram o mais básico dos livros de Piaget, “A Psicologia da Criança”).
                Imaginem que Jean Piaget viveu mais 50 anos após Vygotsky em intensas pesquisas que aglutinaram pesquisadores do mundo inteiro. Os mais recentes estudos da neurociência têm mostrado cada vez mais os acertos de suas pesquisas sobre a inteligência humana. Por sinal a neurociência seria melhor objeto para os estudiosos revoltados contra Jean Piaget, o que ate hoje não entendi (será que é devido a obra ser vasta e a superficialidade dos nossos dias focam autores de “poucos livros”?). Vamos estudar neurociência que talvez contribua mais para revolucionar a educação.
                Mas este frenesi vygotskiano pode dever-se tão somente aos hábitosde misturar com politica, politicamente correto, e mergulhar no campo da  ideologia que sufoca a universidade brasileira e demanda em uníssono o que deve e como deve ser estudado.
                Sem “mediações”, sem interação sócio-cultural as crianças brasileiras seguem sem saber ler, escrever e contar...