quarta-feira, 4 de outubro de 2017

ATENÇÃO ESCOLAS A luta pela continuidade de festas e eventos escolares.



Em outra oportunidade escrevi um artigo sobre a importância das festas escolares na preservação da cultura. Quero enfatizar aqui alguns tópicos. A cultura das redes sociais conduziu à crença de que se sabe tudo acabando com o já minguado respeito ao saber das escolas. Acrescente-se a isso uma relação frequentemente agressiva na defesa de imaginados direitos. Digo imaginados porque frequentemente as famílias pretendem a mudança da escola em função de seu ponto de vista. .Está cada vez mais complexo conduzir processos educativos. É assustador imaginar o futuro com a ordem moral, os valores e símbolos sociais tão mexidos e de forma tão individualista. Cada vez menos se tem uma ordem geral.
            Como superar isso? Primeiro lançando mão do conhecimento vez que este pode congregar diferenças. No caso específico que ora discutimos, as festas escolares têm objetivos de suma importância tanto cognitivos (experiência) como afetivos. Em mais de 40 anos de trabalho em educação, nunca encontrei um ex-aluno que não lembrasse das festas na escola. Como esta experiência ajudou na formação de cidadãos seguros e desenvoltos.
            Esta semana encontrei uma “ex-mãe” emocionada pelo fato da filha de 4 anos, em sua primeira apresentação, representar uma Rena, personagem que seu primeiro filho, hoje um jovem adulto, representou em sua primeira performance. Tudo lembrança emocionante.
            Gastamos em restaurantes, passeios, brinquedos.... Investir numa apresentação do filho é algo com retorno certo. A experiência de palco, luzes, fantasias é ímpar na vida das pessoas. Conversando aqui e ali vejo escolas abrindo mão de fazer seus festivais, uma culminância de seus trabalhos, que envolve todos da escola num sonho, em função das pressões das famílias.
            É impossível uma escola acatar todas as opiniões dos pais. Toda escola que fizer isso deixa de ser escola, de ter método, de ter objetivos, de ter ideais.

ATENÇÃO ESCOLAS A luta pela continuidade de festas e eventos escolares.

sexta-feira, 16 de junho de 2017



A Questão do Conteúdo

A praga que atrasou a educação brasileira.... PARTE I

As afirmações de que as escolas “piagetianas” (construtivistas ou alternativas aos sistemas tradicionais de ensino) não ensinam conteúdos marcou profundamente os avanços educacionais. Atingiu leigos e profissionais desinformados da educação.
A Inteligência é manipulação do real para compreender e transformar tem, portanto relação direta com a assimilação dos conteúdos.
Fazer a inteligência funcionar sem o conteúdo é como mastigar sem alimento.
Mas com certeza uma escola com bases teóricas em Jean Piaget ensina de maneira diferente. Na escola Moderna o conteúdo é para ser pensado, criticado, reconstruído e assim permanecer para sempre por ser uma EXPERIÊNCIA sobre o real e não o “decoreba”! da escola tradicional”.
Não tem qualquer importância nos primeiros anos de estudo que uma criança saiba definir um substantivo, mas é fundamental que saiba, na ação, identifica-los num texto e, assim, saberá defini-lo não porque decorou sua definição mais porque compreendeu sua significação e uso.
Uma fração, por exemplo, não é colocar um número sobre o outro e decorar regras incompreensíveis. Precisa compor e decompor o todo na prática com objetos e construir esta complexa partição do número um num longo processo cognitivo.
O ensino de história antes de ser um calendário de datas e nomes e fatos e... Deve ser um desafio de opiniões sobre os acontecimentos, suas contradições e seus personagens.
A criança e o jovem da escola Moderna aprende a pensar, pesquisar, opinar sobre o CONTEÚDO.
Assim foi e permanece uma enorme perversão sabotar os progressos da educação com estas afirmações bizarras de que as escola não tradicionais não teriam conteúdos.